Misticismo, Ocultismo, História Secreta, Magia, Psicurgia, Teurgia, Teose, Iniciação

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23 de dezembro de 2020

Um Coração Iluminado

UM CORAÇÃO ILUMINADO

Por Frater Angelumes


AO MERCADOR DE TRÍPOLI - Séc. XIII

Dos confins do deserto o comércio,

Nas cidades das Arábias regozijos.

Destemido te arrisca em rara troca,

Sacrifício em tua face a contemplar.

Desde Trípoli veneziano te tornaste,

Para além mar vosso gozo aplacar.

Os martírios no teu tempo a sanar,


DE TRÍPOLI AO VÊNETO

Galeras venezianas aportavam em Trípoli, no Al-Loubnãn (Líbano), escoltando suas naves comerciais, que com laranjas, angodão e tecidos eu as supria. De tão imprecionado com elas fiquei, que desejei de todo coração conhecer o lugar de onde vinham. Minh'Alma ouviu meu coração, e foi a última vez que no Oriente nasci. Então a Europa me recebeu, e minha saga de vidas por lá começou, e continuou.


AO PROFESSOR DE PÁDUA - Séc. XV

Nas cidades o prelado a devoção.

Em oração com joelhos esfolados,

O sacrifício te enobrece o coração.

Desde Pádua até Roma o perigrino,

Do homem ao templo a fundação.

Na donzela o teu voto suspendido,

Deu o tempo ao dilema a solução.


DO VÊNETO AO NEDERLANDS-BRAZILIË

De repente vi-me em Veneza, e senti logo uma culpa a sanar. Em boa família a vocação me tocou, e fui ao seminário me formar, e logo padre me tornei para os pecados espiar. Deus então abriu-me as portas, e em Pádua fui retórica ensinar. A Universidade enviou-me a Roma, e a Vaticana Basílica ajudei a fundar. De tanto orar, perguntei-me o quê havia para além do grande mar. Minha Alma ouviu e no Novo Mundo, na Paranambuca renasci, mas logo voltei e na Europa continuei.


AO GUERREIRO FLAMENGO - Séc. XVII

Desde matas tropicais lá na fazenda,

Sinhozinho negra meiga amamentou.

Paranambuca da moenda até Olinda,

O oceano com Nassau a nau singrou.

Na travessia até Flandres passionado,

Pai capitão que fez a ti armas herdou.

Beligerado vida ao Reino consagrado,

Com lealdade a Real Arte em ti velou.


DO NEDERLANDS-BRAZILIË À RUMÉLIA

Ao sentir minha ama preta a me afagar, estava na fazenda a me criar, junto às moendas paranambucanas da Companhia das Índias Ocidentais. Meu pai, capitão flamengo, com Maurício de Nassau aos Países Baixos comigo retornou. Com a idade de 10 anos, a bordo de uma magnífica urca (nau holandesa), o Oceano Atlântico atravessei, e isso para mim foi espetacular. Militar tornei-me e me iniciei na Arte Real, como meu pai. Após terríveis campanhas por toda Europa, perguntei-me o que fazer contra a ameaça Otomana. Minha Alma ouviu, então renasci em plena Guerra da Rumélia (Grécia Otomana), então, pela paz desesperadamente roguei.


AO PAXAZINHO DA RUMÉLIA (1814-1835)

Dos balcanos montes, a cidadela forte,

Mãe de verdes olhos de amor a ti fitar.

Doçura medo tolhe pela ira ao chegar,

Pai de negros olhos bravura a ti cobrar. 

Puro foi à guerra, horror a contemplar,

Na sofrida dor insano ardor a vitimar.

A rufar tambores rios e cones a cruzar,

Esperança amado povo de ti a escutar.

Triste vida águia viva na festa consolar,

Vem a tosse vem a morte, a te assolar.


DA RUMÉLIA AO PAULISTA BRASIL

Não existia um país chamado Grécia, e sim a Rumélia, por onde o Grande Império Otomano na Europa penetrava. Um belicoso Pasha, meu pai, queria-me como herdeiro de armas, levou-me em tenra idade à guerra, na Península que com outros governava. Contudo, frustrei-o ao defender veemente a paz, e por isso me odiava. Não suportei o horror que me foi imposto, e aos 21 anos de idade não resisti, e tísico parti. Uma vida de paz, em uma terra de paz, à minha Alma pedi. Deus seja louvado, pois a luta que era externa tornou-se interna, e aqui onde agora estou, renasci.



AO ARQUITETO DA PAZ (1960-2020)

Na imensa cidade a modesta família,

No bendito fruto a esperança a nutrir.

Na infância tranquila a oculta ciência,

Inquieta a inocência o prelúdio porvir. 

Aos mundos estuda, desfruta e refuta,

As idéias incertas ao mundo a sentir.

Dos muitos afetos penetram desnuda,

A encantada nativa ao amor discernir.

Ao sucesso adiado o revés resgatado,

No tempo, no vento, na paz prosseguir.


DO PAULISTA BRASIL À PAZ DO ALÉM

Vislumbrei aos doze anos as ciências secretas e os mistérios do porvir. Desde então, com mente inquieta, por muitas promessas de fé passei, sem nenhuma prosseguir. Contudo, um chamado, um caminho traçado, levou-me ver o passado. Um padre me seguia e um soldado me abria os caminhos a seguir, mas um nobre ou um pobre revesavam seu influir. Um pastor, um soldado, um menino e um mercado, juntos trouxe todos até mim, a escutar e reunir, para os pecados lavados com a paz contribuir. A colheita então foi feita para a luz no céu fluir.


Dominus Nobiscum.

FRATER ANGELUMES


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4 de dezembro de 2020

O G da Maçonaria e a Cosmogonia Tzintzun


O "G" DA MAÇONARIA

E A COSMOGONIA "TZINTZUN"

DE ISAAC LURIA


Por Frater Angelumes.


A Cosmogonia "Tzintzum" é um dos aspectos da renovação mística do séc. XVI, introduzida na Kabbalah por Isaac Luria, rabino judeu da Jerusalém Otomana. No Sistema Luriânico, o Zohar teve sua mística graficamente interpretada.

Nela, as Sephrots são representadas por esferas, ou camadas concêntricas, onde a substância nelas presente vai se tornando cada vez mais sutil, na medida que as camadas se afastam do centro.

Assim, cada camada representa uma esfera de manifestação, mundo ou dimensão de existência, por onde os seres, da esfera mais densa à mais sutil, ascendem através das camadas aos Reinos da Luz (Ain Soph Aur).

Neste ínterim, há uma linha que, atravessando todas as camadas, liga o centro (Sheol) às camada mais externas (Atzlut), representando a "Escada de Jacó", por onde o Adepto espiritualmente ascende.

Acreditasse que, no processo de formação da Maçonaria Especulativa no início do séc. XVIII, na Inglaterra, o Sistema Cosmogônico Luriânico foi incorporado de maneira velada à Simbologia Maçônica.

Assim, além de representar a primeira letra de "God" ou "Geometry", como se apresenta aos incautos, a curvatura do "G" da Insígnia Maçônica representaria as "Esferas", e sua barra horizontal a "Escada de Jacó", de acordo com a Cosmogonia "Tzintzun" de Luria.

Cum Lucis Totius Vincam


FRATER ANGELO LUCIS MESSIS

R.C.I.F-3° - OL*VA

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3 de dezembro de 2020

A Taça Sagrada do Sangreal

 

 A TAÇA SAGRADA DO SANGREAL

A Mística do Espírito na Carne

Por Frater Angelumes


• I •

Dentre muitas interpretações, a Taça do Sangreal simboliza o aspecto sacramental da constituição feminina, tanto anatômica quanto mística, na sua capacidade de gerar uma nova vida, e uma nova oportunidade de manifestação do Espírito de Deus na matéria.

 • II •

Desta maneira, a tradição mística diz que, quanto mais puro e sacramentado for o ato procriador entre homem e mulher, mais pura será a manifestação do Espirito na carne, procurando trazer ao mundo o Instrutor Divino, o Cristo encarnado na forma humana. 

• III •

Ao olho vidente, a Taça representa a forma afunilada que o Espirito assume, quando desde a ampla Fonte Celestial projeta sua essência no mundo, uma coluna de luz que, no momento da concepção, toca a terra, fazendo no coração humano a sua morada.

Amém.

Frater Angelumes

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2 de dezembro de 2020

O Segredo do Soldado de Cristo


• SIGILLVM + MILITVM + XPISTI •

• O Segredo do Soldado de Cristo •


Frater Angelumes

 

• I •

A Ordem do Templo foi fundada sobre os segredos encontrados no Oriente Médio, sobre os Mistérios Gnósticos da Antiguidade, referentes à Essência que guia o homem consagrado, por meio do Cristo, a Deus.

• II •

O Selo Templário simboliza a Natureza Setenária física e espiritual deste Homem; formada por seu Quaternário Inferior, as quatro patas do cavalo, coroado pela Tríade Superior, o cavalo e os dois cavaleiros.

• III •

As patas do animal simbolizam os corpos físico, etérico, astral e mental inferior do homem; que o conduzem pela Terra por meio das suas ações, sua vitalidade, suas emoções e seus pensamentos comuns.

• IV •

Já o cavalo é o seu corpo mental superior, o cavaleiro o seu corpo místico, e o segundo cavaleiro o seu corpo espiritual; a Trindade que guia o homem por meio da razão, do princípio crístico e do princípio divino.

• V •

Assim, o homem-animal cavalga o mundo, guiado pelo animal-homem e conduzido pelo cavaleiro-Cristo, que por sua vez amparado pelo cavaleiro-Divino, tornam este Homem completo e abençoado por Deus.

Amém.

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