Misticismo, Ocultismo, História Secreta, Magia, Psicurgia, Teurgia, Teose, Iniciação

Tradutor

30 de setembro de 2013

Estreita é a Porta que Conduz à Vida Eterna


ESTREITA É A PORTA
QUE CONDUZ À VIDA ETERNA
Ne quaeramus adeptus, sed Lux Mundi


Não buscamos adeptos, e sim a Luz que Há no Mundo. Se bateres a esta Porta, arriscar-se-á perder tudo que tens. Pois o Pai da Luz provém tudo a seus Filhos, e a estes, refletir a Luz do Pai é o que basta. Por isso, tenhais absoluta certeza se desejas adentrar no caminho sem volta, onde a Luz que há dentro de ti resplandecerá e te livrarás das trevas da tua ignorância. Morrerás para o mundo, mas ganharás a Vida Eterna. Então, antes de tomares vossa decisão, observes com estrita atenção o que segue:
 - Não batas a esta Porta apenas por curiosidade ou enquanto tenhais compromissos com a ordem social, econômica ou institucional estabelecida; ou dependas da mídia para vos situares no mundo ou do consumo de massa para sobreviveres. Para vossa própria segurança, melhor que fiques longe, para que não coloques em risco vossa saúde física, mental e comportamental. Tua escola é o mundo, e nada poderemos fazer por ti. Teu Grau é Carentibus Lux, pois estais desprovido da Luz Verdadeira.
 - Caso manifestes forte convicção religiosa ou ideológica, ou participes de algum grupo sectário religioso, acadêmico, político ou filantrópico, melhor que ainda se mantenhas longe. Porém, caso passes a questionar os dogmas, conceitos e paradigmas estabelecidos no mundo e demonstres firme propósito de auto-superação, avaliaremos vosso postulado a esta Augusta Ordem. Teu Grau é Luciferus Oscitantibus, pois a Luz Verdadeira em ti ainda esta adormecida, e dependerá de ti demonstrar verdadeira vontade e ousadia de com Ela despertar.
IIº - Caso sejas iniciado em alguma Sociedade, Irmandade ou Ordem Filosófica, Mística ou Esotérica; tenhas estudado suficientemente livros, símbolos e tradições, observado regras, operado ou participado de rituais; mas demonstres disposição e firme desejo de rapidamente superares vossa condição humana, aguardamos vosso postulado à esta Ordem Iniciática. Teu Grau é Luciferus Expergefactus, pois já despertaste para a Luz verdadeira que há dentro de ti, e aprenderás a manifestá-la em toda a sua glória.
IIIº - Aos Irmãos e Irmãs que já despertaram para a Verdade da Luz do Pai em seu Interior, e trabalham conscientemente para expressar o Poder do Fogo Eterno que elevará os Filhos da Luz dispersos na humanidade de volta ao seio de Deus Pai-Mãe Incognoscível; convidamos-vos a participar de Nossa Ordem, para que juntos realizemos o Trabalho da Luz no Mundo. Vosso Grau é Illuminator Flammantis, pois estais dispostos a manifestá-La para o bem maior da humanidade e do mundo.
IVº - À velada sustentação de nossos Irmãos Superiores plenamente realizados no Poder do Fogo Eterno, patronos da Augusta Ordo Luciferum Venus Aurora, por Vosso trabalho secreto em pró da humanidade, para que esta desperte para a Luz, com a Luz e por meio da Luz Verdadeira; Vós que sois do Grau Magister Illuminatus, graças Vos damos.
 - À Incorruptibilidade Sagrada e Inefável Vigilância Oculta de nossos Irmãos Maiores do Grau Perfectricem Secretum da Augustíssima Ordo Aurora  Nigris, que trazem a Luz Verdadeira desde muito além da Esferas Liminares para esta dimensão humana; nada podemos dizer, a não ser incondicionalmente reverenciar por toda eternidade.

Ω

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A Virtude do Orgulho

  A  VIRTUDE  DO  ORGULHO
A Evocação da Luz


1 Pai de Toda Luz, aqui estou na terra do esquecimento, no abismo impenetrável à Vossa Pureza, manifestando meu dever de despertar o Poder do Fogo Eterno para que a penetração de Vossa Glória na obscuridade seja possível através de mim.
2 Vós que me dotaste com Tua Luz em meu interior, tenho parecido orgulhoso aos olhos de meus inimigos, devido à minha ânsia apaixonada de expressar o dom da busca pelo conhecimento e testemunhar a Verdade que provém de Tua Luz.
3 Confesso que meu aparente orgulho talvez se deva à certeza de ter sido tocado por Tua Glória, pois tenho visto a Tua Luz refletida em todos os seres, capacidade que a sabedoria a mim dotou.
4 Mesmo porque, me coroaste no nascimento com o dom da busca mística, o que explica esta minha paixão e necessidade de testemunhar minhas descobertas acerca de Ti, mesmo àqueles que não desejam ouvir-me ou mesmo conhecer-Te.
5 A soberbia somente serve para o autoengano das pessoas à cerca de si mesmas onde, na tentativa de outorgarem-se atributos que verdadeiramente não possuem, acabam por humilhar ao próximo pela arrogância e o desdém.
6 Caso me surpreenda exercendo esta prática iníqua, ascenda com fulgor a Luz em mim, para que eu possa reparar a injustiça e engano cometidos contra os fracos, antes exercido sobre mim mesmo.
7 Reconheço que me encontro ainda longe da perfeição; por isso, trabalho para adquirir a capacidade de contemplar Tua Imagem em todos à minha volta, pois sei que somente serei grande se Tua Grandeza estiver em mim.
8 Conceda-me o dom de estar consciente de minhas limitações, que me gere a justa humildade sem, entretanto, que eu negue as qualidades que Tu me concedeste, às quais devo utilizar com sabedoria em pró de outrem, sem falsa modéstia.
9 Que a Luz flua através de mim, para que todos à minha volta possam beneficiar-se Dela, mesmo que não se apercebam de onde provém; pois a bondade que eu seja capaz de transmitir, antes será a Tua Bondade que, permeando-me, tocou outros corações.
10 Que a quietude faça com que minhas atitudes não sejam guiadas pela voz do ego e sim pelo silêncio do Espírito, pois as boas obras praticadas em oculto não levantarão a ira daqueles que possuem os corações oprimidos e sensíveis ao orgulho.
11 Pois o orgulho que enaltece o ego da ilusão, em detrimento do Espírito da Verdade, leva o imprudente à mais cruel soberbia. Porém, o orgulho que reconhece as capacidades concedidas pela Luz para o exercício da justiça é uma virtude.
12 Igualmente, a humildade contida na pessoa consciente das suas próprias limitações, habilita-a ao exercício da justiça. Porém, a humildade que tolhe as pessoas de reconhecerem seus direitos, pode encorajar os tiranos a exercerem a opressão.
13 Por isso, Pai de Toda Luz, livra-me do orgulho que leva à soberbia, e da humildade que leva à opressão. Que eu reconheça meus limites para superá-los. E com a Virtude do Orgulho faça com que o Poder do Fogo Eterno trabalhe no mundo através de mim.

Ω

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21 de maio de 2013

A Fortaleza Luciferiana


AS APARÊNCIAS ENGANAM 
Muitos verão na imagem acima uma figura horrivelmente cadavérica. Mas para quem não se deixa enganar pelas aparências,  trata-se apenas de uma linda modelo (Kortnye Hurst) com pintura e adornos, obra artística de uma renomada fotógrafa (Julia Kuzmenko McKim) realizada para uma famosa revista (link abaixo). Isso porque nada é o que parece ser, são ilusões da mente, que sempre procura dar significado a tudo que vê. Então, para que a realidade seja percebida em toda pureza e beleza, sem as distorções da mente, os símbolos e valores impostos por esta devem ser superados, pois o medo tem como causa a maneira como as coisas são compreendidas. (Fonte: Behance)






A FORTALEZA LUCIFERIANA



Caros Irmão, Guerreiros da Luz. Todo Luciferiano Verdadeiro é Forte, muito Forte. Jamais deverá dizer o contrário. E se Tu fores um de Nós, caso alguém diga que sois fraco, este alguém mente. Não esqueças jamais que o Luciferianismo não combina com o velho jogo do "siga o mestre", não combina com fraqueza, falta de coragem ou determinação.

Luciferianismo é somente para os Fortes, os Justos e os Valentes, conhecedores de Tudo O Que São, de Onde Vieram, O Que Fazem Aqui, e para Onde Vão. Quando alguém vier até vós e disser: "Eu sou vosso mestre", não acrediteis. Antes dizeis: "Eu Sou o Mestre de Mim Mesmo, e não há outro mestre a não ser a Luz da Verdade que Há em Mim".

Potestades Siderais nos assistem e reconhecem que, nós seres humanos somos Mestres, e devemos estar no comando. Que estão de fato ao nosso serviço, e com isso dizem que estão para nos ajudar a reconhecer a Divindade que Somos. Que nada podem fazer sem autorização do Ser Humano, e que somente um Luciferiano Verdadeiro é capaz de reconhecer a Divindade que Há em Si, e desejar a Apoteose.

Se assim procederem, jamais serão vítimas nas trevas da mentira. Tornar-se-ão despertos, libertos, autênticos, e nada nem ninguém voltará a sequestrar vossa Energia novamente. A maioria das pessoas não fazem mínima ideia sobre a Luz Verdadeira e seu propósito, procurando na mente o que não está na mente, fora o que está dentro.

Há um planeta inteiro sendo resgatado por aqueles que procedem da Luz. Não estamos sós, há muitos por toda parte. O Jogo está sendo encerrado. Parem de buscar com a mente e despertem a informação viva dentro de vós. A Gnose sempre mostra o caminho Justo. Então que a Justiça seja feita, sempre... Com a Luz, pela Luz e através da Luz.


Lux Mundi Ego Sum


Frater .*. Lux Messor
Rector Collegiatus OL*VA
Magister Illuminatus - IVº

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2 de abril de 2013

Palas Athena e seus Símbolos


A ASTÚCIA É MÃE DA JUSTIÇA... E AVÓ DA VITÓRIA.




PALAS ATHENA E SEUS SÍMBOLOS

Por LUCIENE FÉLIX
Professora de Mitologia Greco-Romana


O Nascimento de Palas Athena

Narra o mito que a Sabedoria e a Justiça, personificadas pela deusa grega Athena (a deusa Minerva dos romanos), é fruto de Métis (a astúcia, a inteligência) com o poderoso Zeus, ordenador do Cosmos.

Após ter sido proferido pelo oráculo que, se Zeus tivesse uma filha, ela se tornaria ainda mais poderosa que ele, Zeus tratou de engolir Métis para impedir o nascimento. Assim, Athena é gerada na cabeça do soberano do Olimpo (por isso, a deusa é associada ao lógos).

Findado o período de gestação, o supremo deus começou a sentir terríveis dores de cabeça, pois enquanto a Justiça não nasce, elas são inevitáveis.

Desesperado e no limite, Zeus ordena ao ferreiro divino Hefestos (Vulcano) que lhe abra a cabeça. Mesmo a contragosto, com técnica e precisão, desferra-lhe o machado de ouro certeiro e todos se surpreendem ao verem surgir, imponente e armada, pronta para a guerra, a deusa Palas Athena.

Palas significa "a donzela", pois a poderosa filha pede ao pai para manter-se sempre virgem e, desta forma, impor-se com a autoridade de quem não se deixa seduzir ou corromper.

Sua principal característica física é o porte altivo. Invocando a proteção de Athena sobre todo e qualquer embate, tem-se a vitória como certa, uma vez que Palas Athena é sempre acompanhada por Niké (a vitória).


A Espada de Athena

Com a espada de ouro em punho ou lança resplandescente (numa imagem mais arcáica), que fora presente do deus da techné Hefestos, Athena já nasce fortemente armada, pronta para a guerra. Mas o combate da deusa grega é diferente da guerra do bélico deus Ares.

Na mitologia grega, Ares, é o cruel deus da guerra, da carnificina. Individualista, não titubeia em impor sua caprichosa vontade a quem quer que seja. Enaltecido pelos Romanos, impulsivo, Ares é um deus de caráter epimetéico: primeiro age, depois pensa.
Pensar é atividade da mente, do elemento Ar, este sim, distingüe os homens das bestas. Daí a prudente razoabilidade de Athena ser tão necessária à manutenção da ordem (Cosmos) e à evolução do espírito humano.

De gosto pelo desafio da conquista, Ares é acompanhado de Éris (a Discórdia), que com seu archote em chamas acende o furor no coração dos soldados e seus filhos, Deimos (terror) e Phóbos (medo), também servidores fiéis desse funesto deus.

O espetáculo hediondo da carnificina causa horror a deusa Athena. Os gregos sempre preferiram a sábia, justa guerreira Palas Athena, filha da razão do soberano do Olimpo. Athena é também patrona da guerra, mas trata-se do combate feito com inteligência e astúcia, motivado por um ideal honroso, guerra somente enquanto último recurso, quando torna-se insuficiente a lúcida resolução diplomática e pacífica de qualquer polêmica. Uma batalha também pode ser encarada como última e importante argumentação na defesa da justiça quando todas as outras falharam.

Sempre às turras com seu inimigo Ares, pois nem sempre encontram-se do mesmo lado na batalha, Palas (a donzela) será a única mulher a imiscuir-se aos homens, sendo sempre respeitada por eles. Antes do começo da batalha, eles sentem sua presença inspiradora e com isso anseiam mostrar seu heroísmo. “Sacudindo a terrível égide, a deusa brada e corre veloz entre as fileiras convocadas à batalha. Um momento atrás, esses homens haviam aplaudido com júbilo a idéia de voltar para sua pátria; agora a esquecem por completo: o espírito da deusa faz agitar todos os corações com ardor bélico”.

Renomados heróis como Tideu, Hércules, Ulisses e Aquiles dobram-se aos seus sábios conselhos.

Quanto ao herói Tideu, Athena foi sua fiel companheira de batalha, até quis torná-lo imortal. Aproximou-se do herói ferido de morte trazendo na mão a bebida da imortalidade. Mas ele estava a ponto de fender violentamente o crânio do adversário morto para sugar-lhe o cérebro. Horrorizada, a deusa retrocedeu e o protegido para quem ela cogitava o mais elevado destino mergulhou na morte comum, pois tinha desonrado a si mesmo.
“Athena seria mulher porque os orgulhosos heróis que se deixaram conduzir por ela não se submeteriam tão facilmente a um varão, mesmo que fosse um deus”.

Quando em fúria cega Aquiles está prestes a liquidar Agamêmnon, Athena toca seu ombro e o aconselha a dominar-se, contentando-se em ofender o Atrida somente com palavras. O herói prontamente guarda a espada já desembainhada.

Refletindo sobre a máxima de Heráclito: “A Guerra é Pai de todas as coisas”, é pela espada de Athena que se impõe a Justiça.


A Cabeça da Medusa

Athena carrega, no peitoral de sua armadura a cabeça de Medusa, a rainha das Górgonas.

As Górgonas são três irmãs (Medusa, a dominadora; Euríale, a errante e Esteno, a violenta) que simbolizam os inimigos interiores que temos de evitar. São deformações monstruosas da psique nascidas do desvirtuar de três pulsões humanas: sociabilidade (Esteno), sexualidade (Euríale) e espiritualidade (Medusa). Como a perversão espiritual prevalece sobre as outras, Medusa é conhecida como rainha das Górgonas.
A perversão da pulsão espiritual, por excelência, é a vaidade (imaginação exaltada em relação a si mesma) que é simbolizada pela serpente. Em Medusa, inúmeras serpentes coroam sua cabeça.

No frontispício do templo de Apollo (irmão de Athena), deus da harmonia, lêem-se as palavras que resumem toda a verdade oculta dos mitos: “conhece-te a ti mesmo”. A única condição do conhecimento de si mesmo é a confissão das intenções ocultas, que, por serem culpáveis, são habitualmente maquiadas pela vaidade (por uma justiça falsa, pois sem mérito, infundada). A inscrição reveladora significa, portanto: desmascara tua falsa razão, ou, o que dá no mesmo, aniquila tua vaidade. Faz-se necessário a clarividência em relação a si mesmo, o inverso do ofuscamento vaidoso e petrificante.

Ver Medusa significa: reconhecer a vaidade culposa, perceber a nu suas falsas razões, suas intenções ocultas, o que ninguém consegue confessar a si mesmo, da qual ninguém suporta a visão.

A cabeça da Medusa foi presente do herói Perseu, a quem a deusa Athena auxiliou em combate emprestando-o seu escudo, para que não a encarasse de frente e ficasse estagnado. O escudo reluzente de Athena, ao refletir a imagem verídica das coisas e dos seres, permite conhecer a si mesmo: é o espelho da verdade. Neste escudo, o homem se vê tal como é, e não como gosta de imaginar ser.

Athena é a deusa da combatividade espiritual (as três manifestações da elevação espiritual são a verdade, a beleza e a bondade). A sapiência, o amor pela verdade é a condição para ascender ao conhecimento de si e, em conseqüência, para adentrar na harmonia (Apollo).
Para derrotar a Medusa, foi necessário que o herói a surpreendesse enquanto dormia pois o homem somente é lúcido e apto ao combate espiritual quando a exaltação de sua vaidade não está desperta. Arma muito cobiçada, mesmo morta, a cabeça da Medusa continuou mantendo seu poder de petrificar quem a encarasse de frente.

Contra a culpabilidade advinda da exaltação vaidosa dos desejos, não há senão um único meio de salvaguarda: realizar a justa medida, a harmonia.

A deusa, símbolo da combatividade que inspira o amor à verdade, convida os mortais a reconhecerem-se em Medusa, incitando-os à luta contra a mentira essencial, a mentira subconscientemente desejada, o recalcamento, as falsas razões. A cabeça cortada prova que a Medusa não é invencível.

Antes de merecer o apoio de Athena, todo mortal deve encarar o símbolo da decadência espiritual (a vaidade). Somente assim têm-se certeza de que sua reivindicação não oculta outra intenção, ou seja, não é capricho, teimosia. Ante a imagem da Medusa, quem busca a deusa clamando por justiça tem somente duas possibilidades: contar com sua proteção (vitória certa), se já passou pela prova da Medusa, ou imobilizar-se no pânico e petrificar-se.


A Coruja de Minerva

As aves, por serem consideradas os seres mais próximos dos deuses, foram, conforme suas características e atribuições, associadas a eles. A soberana águia acompanhava o poderoso Zeus, o imponente pavão, sua consorte e protetora dos amores legítimos: a deusa Hera. À atenta coruja coube a companhia da sábia Athena.

Vemos a imagem da coruja, símbolo de uma vigilância constantemente alerta, nas mais antigas moedas atenienses. A coruja, em grego gláuks “brilhante, cintilante”, enxerga nas trevas. Um dos epítetos de Athena é “a de olhos gláucos” (esverdeados).

Em latim é Noctua, “ave da noite”. Noturna, relacionada com a lua, a coruja incorpora o oposto solar. Observem que Atena é irmã de Apollo (Sol). É símbolo da reflexão, do conhecimento racional aliado ao intuitivo que permite dominar as trevas. Apesar de haver uma forte associação desta ave à escuridão e a sentimentos tenebrosos, o que é natural a um ser noturno, o fato de ela ter sido (devido a suas específicas características) atribuída à deusa Athena também a tornou símbolo do conhecimento e da sabedoria para muitos povos.

A coruja é uma excelente conhecedora dos segredos da noite. Enquanto os homens dormem, ela fica acordada, de olhos arregalados, banhada pelos raios da sua inspiradora Lua. Vigiando os cemitérios ou atenta aos cochichos no breu, essa ambaixadora das trevas sabe tudo o que se passa, tendo-se tornado em muitas culturas uma profunda e poderosa conhecedora do oculto.

Havia uma antiga tradição segundo a qual quem como carne de coruja participa de seus poderes divinatórios, de seus dons de previsão e presciência. A coruja tornou-se assim atributo tradicional dos mânteis, daqueles que praticam a mântica, a arte do divinatio, da adivinhação, simbolizando-lhes o dom da clarividência.

Eis a ave da deusa da Sabedoria e da Justiça: atenta coruja, cujo pescoço gira 360º, possuidora de olhos luminosos que, como Zeus, enxergam “O todo”. Devido a todos esses atributos, a Coruja simboliza também a Filosofia, os Professores e nossa proposta de Conhecimentos Sem Fronteiras: integrar todas as formas de conhecimento com o olhar para O Todo.

Na introdução de sua obra Filosofia do Direito, o Filósofo alemão Georg Wilhelm Friedrich Hegel (1770-1830), escreve o seguinte:

Quando a filosofia pinta cinza sobre o grisalho, uma forma de vida já envelheceu e, com o cinza sobre cinza não se pode rejuvenescer, apenas reconhecer; A coruja de Minerva alça seu voo somente com o início do crepúsculo.



Fonte: mitologia@esdc.com.br


10 de março de 2013

O Coração-Mestre e a Estratégia da Ascensão



"Quando o maçom aprende que o segredo para o guerreiro é a correta aplicação do dínamo do poder da vida, ele aprendeu o mistério de sua Arte. As energias ardentes de Lúcifer estão em suas mãos e antes que ele possa avançar para a frente e para cima, precisa provar sua capacidade de aplicar corretamente a energia."
[Manly Palmer Hall] 


O CORAÇÃO-MESTRE
E a Estratégia da Ascensão

Viva o mundo das ideias e planeje estrategicamente a sua ascensão. Valorize a inteligência, o conhecimento e a intuição, e estabeleça altíssimos padrões para si mesmo e continuamente se esforce para atingi-los. Porém, não tenha expectativas similares para com os outros, para que não atrase o seu próprio progresso. Antes, faça o que tiver que fazer, e sirva de exemplo para aqueles que desejam trilhar a mesma senda.
Com máxima perspicácia e determinação, foque sua energia na observação do seu mundo interno, gerando conceitos e possibilidades. Sua mente constantemente obterá informações e fará associações com elas, compreendendo novas ideias com extrema rapidez. Porém, não apenas compreenda os conceitos adquiridos, mas aplique-os de forma prática, estabelecendo-os com precisão, agindo de maneira eficaz.
Ofereça os dons à medida que vão sendo adquiridos àqueles que o mereçam, transformando suas ideias em formas úteis a serem seguidas pelas pessoas. Mesmo não sendo fácil expressar direta e linearmente suas visões e abstrações internas, traduza-as na forma de um sistema que seja fácil de explicar. Seu conhecimento e inteligência o motivará a explicar-se de maneira que as pessoas possam compreender.
Seja um líder, mas fique “por trás do véu” até que surja uma necessidade real de liderança. Torne objetiva toda realidade subjetiva com que se defrontar, para que rapidamente mude aquilo que não esteja funcionando bem. Seja o supremo estrategista, que avalia e compara constantemente as experiências adquiridas, deixando pronto um plano que possa entrar em ação a qualquer momento que se fizer necessário.
Gaste o tempo que for necessário focando-se no seu próprio progresso, dentro da sua estratégia de ascensão, deixando de lado o que outras pessoas pensam ou sentem a respeito. Antes, fique atento ás instruções do seu Coração-Mestre. Desenvolvendo o seu lado prático na obtenção de experiências que possam facilitar o seu progresso, não ignorando conceitos que possam contribuir para a aceleração da sua ascensão.
Faça com que seu intento esteja na tomada de decisões assertivas, incluindo tudo em um sistema compreensível e racional para que possa expressar seus julgamentos com rapidez. Contudo, uma intuição altamente desenvolvida o fará medir o quanto estará progredindo na senda. Caso suas atitudes estejam sendo mal interpretadas por outras pessoas, reserve para si mesmo o seu avanço, e não permita nenhuma interferência.
A autoconfiança adquirida e a capacidade de experimentação em longo prazo, o habilitará a trabalhar com desenvoltura e prazer nas áreas científicas, diplomáticas, políticas, militares, e de negócios. Você não tolerará a desordem e a ineficiência, e procurará sempre diminuir as taxas de entropia de cenários caóticos e, para isso, deverá investir a energia que for necessária para ampliar a sua percepção correta das coisas.
As pessoas terão dificuldades em lhe compreender, achando você uma pessoa enigmática; mas nunca demonstre afetos desnecessários para alcançar a sua meta. As pessoas acharão você inflexível e fechado a ideias diferentes das suas. Mas na verdade você estará sempre buscando encontrar objetivamente a melhor estratégia para alcançar a sua libertação. Então, esteja sempre aberto a ouvir sobre maneiras diferentes de fazer as coisas.
Ouvindo o seu Coração-Mestre, você alcançará uma capacidade tremenda de conquista. Com a intuição obterá ampla visão de todas as coisas, sintetizando conceitos em um sólido plano de ação. Seja altamente competente, e realizará um grande salto na sua vida. Seja tolerante, e poderá comunicar suas ideias aos outros com eficácia, e terá em suas mãos tudo que precisará para obter a glória e a vitória sobre si mesmo.

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3 de fevereiro de 2013

O Evangelho de Judas



"Esta é uma tradução contextual livre, de trechos selecionados, segundo os preceitos da OL*VA, do texto gnóstico do "Evangelho de Judas" encontrado em 1978, em El-Minya, no Egito; e publicado pela National Geographic em 2006 (Link da edição em inglês, direto do original copta, após o texto abaixo). A OL*VA não pretende sob nenhuma hipótese expressar informações oficiais de nenhuma natureza, sejam elas científicas, filosóficas ou religiosas, referentes a este achado arqueológico. E por se tratar de assunto de interesse universal, nos reservamos o direito de assim proceder." [ Frater Lux Messor ]




O EVANGELHO DE JUDAS
Palavras Secretas de Jesus a Judas,
o seu Discípulo mais Forte.

Estando Jesus e seus discípulos na Judéia, e estando eles reunidos em oração, Jesus riu. Os discípulos lhe disseram: “Mestre, por que ris da nossa oração? Não fizemos o que é correto.” Mas ele lhes respondeu: “Não rio de vós. Mas do que fizestes, não por vossa vontade própria, para louvar o vosso Deus.” Eles disseram: “Mestre, mas tu não és o filho de nosso Deus?” Jesus, porém, lhes disse: “Donde pensais conhecer-me? Em verdade vos digo que vossa geração humana não me conhecerá.”
Quando seus discípulos ouviram isso ficaram furiosos. Ao ver sua falta de compreensão, Jesus lhes falou: “Por que essa notícia vos irrita? Vosso Deus provocou ira em vossas almas? Qual dentre vós é forte o suficiente para produzir o homem perfeito, e o fazer vir ante minha face?” Todos disseram: “Nós temos a força.”
Mas seu ânimo era muito fraco para enfrentá-lo, exceto Judas Iscariotes, que se colocou à sua frente, porém, de cabeça baixa, e então sussurrou a Jesus: “Eu sei quem tu és e donde vieste. Tu vens do reino eterno de Barbelo e não sou digno de pronunciar o nome daquele que te enviou.”
Reconhecendo as palavras sublimes de Judas, Jesus lhe disse em segredo: “Afasta-te dos outros e eu te revelarei os mistérios do Reino, onde poderás chegar, mas não sem antes passares grande sofrimento. Senão, algum outro terá que cumprir tua tarefa, para que os doze voltem a ser um com seu Deus.” Judas, porém, lhe disse: “Quando tu me revelarás essas coisas? Quando ocorrerá o grande dia da luz sobre essa geração?” Mas, quando ele disse isso, Jesus desapareceu.

As Gerações Humanas
Na manhã seguinte, Jesus reapareceu aos seus discípulos, que lhe disseram: “Mestre, onde foste e o que fizeste na tua ausência?” Jesus respondeu: “Fui a outra geração grandiosa e santa.” Seus discípulos lhe disseram: “Senhor, qual é essa geração grandiosa, que é superior a nós, que é mais santa que nós e que não é deste reino?”
Ao ouvir isso, Jesus riu e falou-lhes: “Por que vós pensais em vossos corações sobre aquela geração forte e santa? Em verdade, eu vos digo que ninguém, que nasce neste mundo, verá aquela geração e nenhum exército de anjos das estrelas reinará sobre aquela geração e nenhum mortal poderá relacionar-se com aquela geração. Porém, esta geração dos homens, da qual fazeis parte, é da geração da humanidade. Quando seus discípulos ouviram isso, cada um deles agitou-se em espírito.
Outro dia, Jesus apareceu-lhes e disseram-lhe: “Mestre, te vimos numa visão, em um grande altar, com doze sacerdotes que invocavam teu nome, e uma multidão que lhes davam como oferta seus pecados e delitos. Jesus, porém lhes disse: “A multidão que vistes são aqueles que se desviaram do reto caminho, os sacerdotes sois vós, que plantaram árvores que não produziram frutos, contudo, aquele que vistes no altar é o Deus a quem vós servis, pois meu nome está escrito nas estrelas das gerações humanas. Portanto, deixai de lutar contra mim, cada qual de vós tem sua própria estrela e deverá irrigar o paraíso de Deus e a geração, que permanecerá imaculada até toda eternidade.”
Judas disse-lhe: “Mestre, que tipo de frutos esta geração apresentará?” Jesus respondeu: “Quando esses homens cumprirem o tempo do reino e o espírito os abandonar, seus corpos morrerão, mas suas almas viverão e serão elevadas.” Judas disse: “E o que fará o resto das gerações humanas?” Jesus respondeu: “É impossível semear sobre uma rocha e colher frutos. As gerações maculadas e a Sofia corruptível que criou os mortais, não têm como subirem aos reinos eternos.”

Os Mistérios do Reino
Judas disse: “Mestre, tive uma visão grandiosa, onde vi-me sendo perseguido e apedrejado pelos doze discípulos. Foi quando cheguei a uma grande casa com uma multidão de gente.” Jesus respondeu: “Nenhum mortal jamais pode pisar nessa casa, pois esse lugar é reservado somente aos santos. pois lá não ha sol, nem lua, nem dia, mas os santos lá permanecerão para todo o sempre, em glória eterna com os santos anjos.”
Judas disse: “Mestre, minha semente sera controlada pelos governantes?” Jesus respondeu: “Tu te afligirás muito quando vires o reino e suas gerações." E Judas perguntou: “Mestre, por que me escolheste para tal.” Jesus respondeu: “Tu, nos últimos dias, serás invejado pelas gerações futuras, pois virás para domina-las e faze-las ver tua elevação para junto da geração dos santos.”
E disse: “Venha, para te ensinar os mistérios que nenhum homem jamais viu. Pois existe um reino infinito, cuja extensão nenhuma geração de anjos jamais viu, onde há um grande espírito invisível, que nenhum anjo jamais viu, nenhum coração e pensamento pôde compreender, e nunca foi chamado por nome algum."
"Então surgiram cinco nuvens brilhantes com cinco anjos grandiosos, que irradiavam a eternidade divina, como servos celestiais. E o eterno criou mundos iluminados, com inúmeros coros de anjos para servi-lo. E fez aparecer a geração incorruptível de Seth em doze astros e seus mundos, tendo seis céus cada, havendo 72 céus nos 12 astros, com cinco firmamentos cada, totalizando 360 firmamentos."

"E foi-lhes dado o poder e receberam um grande exército de anjos sem número, para honra e veneração de todos os mundos, dos céus e de seus firmamentos. A isto se chama cosmos – isto é corrupção. Nele apareceu o primeiro homem com suas forças incorruptíveis. E a geração começou com a idade na qual há uma nuvem de saber e de anjos."

"Então criou-se doze anjos para dominar o caos e o mundo inferior. E das nuvens surgiu um anjo maculado com sangue, cuja face cintilavam chamas. Seu nome era Nebro, que significa rebelde – outros o chamam Yaldabaoth – criou seis anjos, como também Saklas, para serem servos, e esses criaram doze anjos nos céus, de onde cada qual recebeu parte do céu. Então surgiram os cinco que reinam sobre o mundo inferior e sobre o caos."

"O primeiro é Seth, que é chamado Cristo. O segundo é Harmathoth; o terceiro é Galila; o quarto é Yobel; e o quinto é Adonaios”. Então Saklas falou a seus anjos: Façamos um ser humano segundo a forma e segundo a imagem. Formaram Adão e sua mulher Eva, que na nuvem é chamada Zoé. Através desse nome, todas as gerações procuram o homem e cada um chama a mulher por este nome. E o senhor disse a Adão: Viverás uma vida longa com teus filhos."

O Ministério de Judas
Judas disse a Jesus: "Por quanto tempo viverá a geração dos homens?" Jesus respondeu: "Por que tu te admiras de Adão e sua geração, ter vivido longamente no lugar que recebeu o reino do senhor?"
E perguntou Judas a Jesus: "Pode o espírito do homem morrer?" Jesus respondeu: "É por isso que Deus ordenou Miguel a dar aos homens emprestado o espírito, para que o sirva, mas o Todo Poderoso ordenou Gabriel conceder o espírito à grande geração sem Senhor acima de si, espírito e alma. E o espírito que em ti habita, na carne e entre os anjos. Porém Deus deu a Adão e a todo aquele que possa compreender, de maneira que os reis do caos não tivessem poder sobre eles."
Judas disse a Jesus: "Então o que esta geração fará?" Jesus respondeu: “Para cada um seus destinos serão conduzidos pelas estrelas. Quando Saklas der por encerrado o tempo previsto a ele, sua estrela surgirá com as gerações, e suas promessas serão cumpridas, dai então viverão desregradamente." E rindo Jesus, Judas lhe disse: “Mestre, por que ris?" Jesus respondeu: “Não rio por tua causa, e sim dos erros das estrelas, pois as seis estrelas vagam com os cinco adversários, sendo que todos desaparecerão juntamente com suas criações."
E Jesus disse: "Mas tu superarás todos eles. Pois terás que sacrificar o homem que me reveste. E assim o Senhor será aniquilado. Então a grande geração de Adão se levantará acima dos céus, e da terra, e dos anjos, pois a geração do reino eterno, realmente existe. Então, agora que tudo te foi revelado, levanta teu rosto e olha à nuvem e à luz que há nela e as estrelas que a cercam. A estrela, que mostra o teu caminho é a tua estrela." Então Judas levantou o rosto e viu uma nuvem brilhante, e entrou nela. E da nuvem uma voz falou.

E assim, eis que os sumos sacerdotes sussurravam enquanto ele se dirigira ao quarto para rezar. Mas os doutores da lei que lá se encontravam esperavam o momento para prendê-lo longe das vistas do povo, pois todos sabiam que era um profeta. Então disseram a Judas: "O que fazes aqui? Tu és discípulo de Jesus." Mas Judas respondeu-lhes o que queriam ouvir. E recebendo um pouco de dinheiro, entregou Jesus a eles.

Fonte: The Gospel of Judas - 2006 by The National Geographic Society. Acesse: AQUI.

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