UM CORAÇÃO ILUMINADO
Por Frater Angelumes
AO MERCADOR DE TRÍPOLI - Séc. XIII
Dos confins do deserto o
comércio,
Nas cidades das Arábias
regozijos.
Destemido te arrisca em rara
troca,
Sacrifício em
tua face a contemplar.
Desde Trípoli
veneziano te tornaste,
Para além mar
vosso gozo aplacar.
Os martírios
no teu tempo a sanar,
DE TRÍPOLI AO VÊNETO
Galeras venezianas aportavam em Trípoli, no Al-Loubnãn (Líbano), escoltando suas naves comerciais, que com laranjas, angodão e tecidos eu as supria. De tão imprecionado com elas fiquei, que desejei de todo coração conhecer o lugar de onde vinham. Minh'Alma ouviu meu coração, e foi a última vez que no Oriente nasci. Então a Europa me recebeu, e minha saga de vidas por lá começou, e continuou.
AO PROFESSOR DE PÁDUA - Séc. XV
Nas cidades o prelado a
devoção.
Em oração com
joelhos esfolados,
O sacrifício
te enobrece o coração.
Desde Pádua
até Roma o perigrino,
Do homem ao
templo a fundação.
Na donzela o
teu voto suspendido,
Deu o tempo ao
dilema a solução.
DO VÊNETO AO NEDERLANDS-BRAZILIË
De repente vi-me em Veneza, e senti logo uma culpa a sanar. Em boa família a vocação me tocou, e fui ao seminário me formar, e logo padre me tornei para os pecados espiar. Deus então abriu-me as portas, e em Pádua fui retórica ensinar. A Universidade enviou-me a Roma, e a Vaticana Basílica ajudei a fundar. De tanto orar, perguntei-me o quê havia para além do grande mar. Minha Alma ouviu e no Novo Mundo, na Paranambuca renasci, mas logo voltei e na Europa continuei.
AO GUERREIRO FLAMENGO - Séc. XVII
Desde matas tropicais lá na
fazenda,
Sinhozinho
negra meiga amamentou.
Paranambuca da
moenda até Olinda,
O oceano com
Nassau a nau singrou.
Na travessia
até Flandres passionado,
Pai capitão
que fez a ti armas herdou.
Beligerado
vida ao Reino consagrado,
Com lealdade a
Real Arte em ti velou.
DO NEDERLANDS-BRAZILIË À RUMÉLIA
Ao sentir minha ama preta a me afagar, estava na fazenda a me criar, junto às moendas paranambucanas da Companhia das Índias Ocidentais. Meu pai, capitão flamengo, com Maurício de Nassau aos Países Baixos comigo retornou. Com a idade de 10 anos, a bordo de uma magnífica urca (nau holandesa), o Oceano Atlântico atravessei, e isso para mim foi espetacular. Militar tornei-me e me iniciei na Arte Real, como meu pai. Após terríveis campanhas por toda Europa, perguntei-me o que fazer contra a ameaça Otomana. Minha Alma ouviu, então renasci em plena Guerra da Rumélia (Grécia Otomana), então, pela paz desesperadamente roguei.
AO PAXAZINHO DA RUMÉLIA (1814-1835)
Dos balcanos montes, a cidadela
forte,
Mãe de verdes
olhos de amor a ti fitar.
Doçura medo
tolhe pela ira ao chegar,
Pai de negros
olhos bravura a ti cobrar.
Puro foi à
guerra, horror a contemplar,
Na sofrida dor
insano ardor a vitimar.
A rufar
tambores rios e cones a cruzar,
Esperança
amado povo de ti a escutar.
Triste vida
águia viva na festa consolar,
Vem a tosse
vem a morte, a te assolar.
DA RUMÉLIA AO PAULISTA BRASIL
Não existia um país chamado Grécia, e sim a Rumélia, por onde o Grande Império Otomano na Europa penetrava. Um belicoso Pasha, meu pai, queria-me como herdeiro de armas, levou-me em tenra idade à guerra, na Península que com outros governava. Contudo, frustrei-o ao defender veemente a paz, e por isso me odiava. Não suportei o horror que me foi imposto, e aos 21 anos de idade não resisti, e tísico parti. Uma vida de paz, em uma terra de paz, à minha Alma pedi. Deus seja louvado, pois a luta que era externa tornou-se interna, e aqui onde agora estou, renasci.
AO ARQUITETO DA PAZ (1960-2020)
Na imensa cidade a modesta
família,
No bendito
fruto a esperança a nutrir.
Na infância
tranquila a oculta ciência,
Inquieta a
inocência o prelúdio porvir.
Aos mundos
estuda, desfruta e refuta,
As idéias
incertas ao mundo a sentir.
Dos muitos
afetos penetram desnuda,
A encantada
nativa ao amor discernir.
Ao sucesso
adiado o revés resgatado,
No tempo, no
vento, na paz prosseguir.
DO PAULISTA BRASIL À PAZ DO ALÉM
Vislumbrei aos doze anos as ciências secretas e os mistérios do porvir. Desde então, com mente inquieta, por muitas promessas de fé passei, sem nenhuma prosseguir. Contudo, um chamado, um caminho traçado, levou-me ver o passado. Um padre me seguia e um soldado me abria os caminhos a seguir, mas um nobre ou um pobre revesavam seu influir. Um pastor, um soldado, um menino e um mercado, juntos trouxe todos até mim, a escutar e reunir, para os pecados lavados com a paz contribuir. A colheita então foi feita para a luz no céu fluir.
Dominus Nobiscum.
FRATER ANGELUMES
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